sábado, 23 de setembro de 2006

Aulas de substituição

Muito se tem falado das aulas de substituição. Odeio-as. Detesto eu que sou assídua, substituir quem é faltoso. Mas parece que tem de ser assim "paga o justo pelo pecador". Acho injusto!
Mas agora são obrigatórias e não temos outro remédio. Quem perde é a sociedade, os alunos e os Professores das disciplinas chamadas teóricas.
Ora antigamente os ditos "furos", serviam para gastarmos as energias e quando somos "teenagers" temos energia para dar e vender.
Na minha humilde opinião como Professora de Educação Física penso que os alunos ficando, ou melhor, passando tanto tempo dnetro das salas de aulas, terão que gastar as energias dentro das mesmas salas. Daí cada vez mais haver problemas de comportamento, sedentarismo e obesidade.
Tanto se fala hoje em dia de obesidade, e penso que estas aulas são mais um factor a contribuir para este mal.
Eu no início e no final de cada ano faço uns testes à condição física dos meus alunos , peso-os e meço-os. Agora que tanto se fala no Índice de Massa Corporal (IMC), achei que poderia juntar este factor para uma avaliação mais completa da condição física dos meus alunos. Assim foi, pesquisei, encontrei uma tabela de IMC para adoslescentes (dos 6 aos 13 anos) da OMS e lá pus a fórmula para achar o IMC dos meus alunos. Por mais estranho que pareça, a maioria está dentro dos parâmetros normais, pelo menos nas minhas turmas. Apenas um outro que está a cima ou a abaixo do dito "normal".
Se calhar como não gosto destas aulas e tenho no meu horário 2 blocos de 90 minutos todas as semanas penso que elas estão a contribuir para um comportamento irrequieto e descontrolado dos alunos (problemas disciplinares) e para a obesidade da nossa juventude, pois assim acabam por não criar hábitos saudáveis de passar o tempo livre.
Digo-vos que daqui a 3 ou 5 anos vamos todos chegar à conclusão que estas aulas foram uma desgraça e contribuiram para uma sociedade "gorda", com problemas graves de saúde e sem hábitos de vida saudável e ao ar livre. Até lá vou continuar a ir pior que estragada para essas aulas. Mas não sou a única!

Música dos Pólo Norte - Faz de conta

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7 comentários:

125_azul disse...

Estudei em colégios privados e era raro haver "furos"; só tedigo que era uma farra quando esse milagre acontecia!!! O que nós nos divertíamos, a saltar, a brincar às escondidas, a jogar ao mata, a jogar ao elástico, a saltar à corda...
Os nossos miúdos já não fazem isso; agora só é necessário mantê-los amarradinhos dentro da sala de aula, com professores tão chateados como tu, a pagarem pelos do costume. Não vejo grande futuro para esta treta toda...
Beijinhos, boa semana

Anónimo disse...

Pois é,mais uma vez tens muita razão no que dizes! Eu, como professora de uma disciplina dita teórica posso testemunhar que cada vez oa alunos estão mais irrequietos (para não dizer pior) e que se nota bem como lhes faz falta tempo livre para "gastar energias".
Quanto às AS só este ano vou sentir na pele o que é isso, mas quer-me parecer que também eu as vou "odiar". A ver vamos!
Bjs Lena

Mocho Falante disse...

pois de facto concordo contigo...cada vez se torna mais raro ver miudos a brincar na rua ou no pátio da escola.~são as Plastations que governam o mundo, a internet que domina o divertimento...os recreios já não são o que eram e agora com a morte anunciada dos furos pior ainda

beijocas

Madalena disse...

Como sabes penso como tu, revolto-me como tu e cumpro como tu. Cada vez acho mais que a maioria das pessoas são como nós e eles andam a vender uma imagem dos professores faltosos e irresponsáveis. Só não sei porquê!
Beijinhos, Teresa!

Anónimo disse...

Claro TT é como tu dizes...e a Madalena faz uma observação pertinente...eu também não sei porquê!!!
Beijinhos e Boa Semana.

Cristina disse...

de facto, cada vez menos exercício fisico...

que é feito da instituição "furo"???tão útil na formação (não digo psico-sexual que fica mal....)

ai,ai...


beijinhos

Francis disse...

De qualquer forma a nossa sociedade caminha no sentido de uma americanização sesenfreada. Como ou sem as aulas, os hamburguéres vêm a caminho.